segunda-feira, 19 de maio de 2008

Filhos da Revolução...


Oriundos de uma guerra fria, onde fomos divididos em dois grandes blocos divergentes, daí nasceram os filhos da Revolução com os seus ideais, as suas paixões, as lutas e a nossa história propriamente dita. Éramos os filhos de uma época idílica onde se marchavam por críticas e pensávamos em um sistema que abrangesse a todos de forma justa. Hoje em dia os filhos de uma “Terceira Onda” sucumbem diante de um sistema alienante que transforma e molda as informações de acordo com o seu interesse, fazendo imperar um individualismo exacerbado criando uma verdadeira sociedade efêmera.

Morreram as inclinações para os assuntos político-sociais, a cultura virou apenas mais um produto na prateleira e as indagações se engasgam nas gargantas daqueles que querem se deliciar apenas com mais um refrigerante da moda e comer aquela porção de fritas acompanhado de um belo hambúrguer.
Pois é, meus amigos, cadê os filhos da Revolução? Acho que devem pertencer agora a tribo dos “últimos moicanos...” Vivemos num verdadeiro simulacros, onde pensar é apenas um mero detalhe, pois imaginar é muito mais importante para a nossa sobrevivência, pois nada como acreditar num mundo melhor ficando apenas estáticos cuidando das nossas vidas...
Ontem assistia mais um programa global e percebi como ajudar os pobres necessitados é bom e maravilhoso, para que eles se mantenham afastado da elite e não se transformem em mais uma ameaça ali na esquina e nem reproduzam seres abomináveis que possam extinguir o padrão de vida burguês dos filhos da “Terceira Onda”. Pois para eles é melhor que se dêem esmolas do que se ensinar a pescar o próprio peixe.

Um comentário:

Aline Araújo disse...

El Lamarca, Meu Grande Guerrilheiro!
O interessante também é ressaltar, que nos tempos atuais de exclusão social, a Miséria é o combustível de um novo Mercado de Atacado, o Terceiro Setor, que tenta preencher as lacunas do Estado, com suas " Atividades
Assistêncialistas", e assim transformam pautas sociais em verdadeira feiras de negócios.
Porém, existe um fato inegavel envolvido em toda essa trama de interesses Sociais, Políticos e evidentemente Econômicos, em torno de todo ramo empresarial há corrupçao, e neste o dinheiro é público e o produto é gente.
É abominavel aceitar essa exploraçao da miséria pelo Marketing Social.
De uma vez por todas: Abaixo a Solidariedade de fachada.