domingo, 31 de julho de 2011

Dica Cultural - Cinema



Sinopse: Um panorama da música popular brasileira dos anos 60 e 70 através do grupo musical Novos Baianos. Uma retrospectiva do estilo de vida comunitário adotado por seus integrantes e a influência sofrida pelo grupo do cantor João Gilberto.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Miss brasileira sofre racismo na Internet



Modelo baiana, descendente de Italianos, ganhou concurso mundial como a mais bela representante da Itália no mundo e sofre racismo na Internet por ser negra.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Caos na Estação da Lapa em Salvador

Foto:Antonio Queirós


Ontem tive a infeliz ideia de pegar um ônibus na estação da Lapa em Salvador. Para quem não conhece recomendo que nem vá conhecer. O lugar é sujo, imundo, fétido, cheio de ratos, goteiras, banheiros a céu aberto, escadas rolantes sempre quebradas.

Desci do ônibus e fui logo me deparando com uma nova modalidade de subemprego que existe por aqui. Trata-se de pilantras que surgem na porta de subida dos ônibus perguntando se você vai pagar com o cartão ou com dinheiro. Você se sente quase sendo assaltado. Tem os que já conhecem a modalidade e financiam isso. O que é? O cara chega com o Salvador Card (cartão de acesso aos coletivos) destinado a deficientes que entrariam pela frente do ônibus e “negociam” com você para você dar o dinheiro a ele e passar o cartão e correr para a janela para devolver e ele aplicar o golpe em outro infeliz passageiro.

Bom, segui minha caminhada em direção a escada rolante para ter acesso ao Shopping Piedade. Escada tinha... rolante não! E, há um bom tempo. Olhei e vi aquela visão do inferno. Vendedores ambulantes disputando quase a tapas os clientes, escada acima e escada abaixo. O lixo quase descendo pelos ares. Pergunto-me onde estou? Estou em Salvador ora bolas. Terra de ninguém! Fui em frente e cheguei ao shopping depois de me sentir quase num carnaval. Um amigo me chama de burguesinho. Não sabendo ele que permeio por todos os ambientes e lugares desta cidade. Não é só porque vivo num bairro área nobre que não sei do que se passa nessa maldita cidade. Fiquei triste com a realidade desta população e cidade.

Fui tomar um cafezinho enquanto esperava minha noiva chegar. Nem disse a ela o que encontraria pelo frente para não correr o risco dela descer no meio do caminho. Mais uma maldita experiência. Tive que ficar esperando a atendente/caixa acabar o papo dela e me atender. Que café ruim! Cheio de pó e gosto duvidoso. Saudades dos cafés que tomo nos bons e poucos lugares desta cidade. Bom, levantei e fui ao banheiro e pasmem: lá tem até uma placa para que os fiscôlas (amantes da admiração do falo alheio) se comportem caso contrário será passivo de punições. Pensem! Você está ali de boa querendo esvaziar a bexiga e um FDP fica do lado olhando, admirando e às vezes, até se masturbando olhando seu bilau!

Saí da porra do banheiro xingando e admirando as vitrines. Será que as pessoas de pouco poder aquisitivo não teem condições, ou melhor, o direito de ter coisas boas, de boa apresentação, de bom acabamento? Cabe a nós reclamarmos e boicotarmos.

Voltando ao início deste post no qual falava da estação da Lapa me perguntava quando a situação deixava por que porra (desculpem o palavrão aqui empregado) ficamos tão inertes em relação à política. Pergunto-me se seria necessário uma revolta, uma revolução, um quebra-quebra geral, sei lá. Não podemos ficar parados, tendo atitudes mal educadas perante a cidade e aos semelhantes, aos animais que perambulam por essas ruas. Não podemos achar ou vender a falsa propaganda de que Salvador é linda, é segura, é terra do todo mundo. Já diria o Governo do Estado. “Bahia. Terra de Todos Nós.”

Encerro este imenso e talvez confuso post querendo debater esta cidade, este estado, este país com vocês. Se pudesse levaria a hashtag #naovenhaasalvador ao trending topics para forçar a galera a pensar.