segunda-feira, 22 de março de 2010

Adote uma cor...


Maioria dos candidatos à adoção quer crianças brancas de até três anos

O CNA (Cadastro Nacional de Adoção) registrou que a maioria dos pretendentes à adoção (39,2%) quer crianças brancas e com idades de até três anos (78,65% dos pretendentes). Até o início de março, 26.735 pretendentes à adoção e 4.578 crianças e adolescentes aptas a serem adotadas.

Cadastro de adoção tem mais de 26 mil pretendentes e 4.350 crianças
CNJ libera toque de recolher para menores; decisão caberá a cada juiz

De acordo com os dados do cadastro, divulgados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), também a maioria das pessoas candidatas a adotar (85,72%) deseja apenas uma criança e outros 13,40% dos pretendentes disseram querer adotar duas crianças.

No entanto, do total de crianças e adolescentes aptas à adoção, 35,21% delas são brancas e 71,89% deles possuem irmãos, mas nem todos têm esses irmãos também cadastrados. As estatísticas ainda revelam que 45,76% das crianças cadastradas são pardas, 17,85% são negras, 0,76% são indígenas e 0,42% são amarelas.

O Estado de São Paulo lidera o ranking do CNA, com 7.192 pretendentes cadastrados para 1.414 crianças, seguido do Rio Grande do Sul, com 4.319 pretendentes para 798 crianças e em terceiro lugar vem o Paraná com 3.694 pretendentes para 482 crianças aptas a serem adotadas. No quarto lugar aparece Minas Gerais, com 2.920 pretendentes para 370 crianças cadastradas.

Lançado em 29 de abril de 2008, o cadastro é uma ferramenta criada para auxiliar os juízes das varas da infância e da juventude na condução dos procedimentos de adoção. O CNA tem o objetivo de agilizar os processos de adoção por meio do mapeamento de informações unificadas.

Lançado pelo CNJ, o cadastro já contribuiu para que 102 crianças conseguissem um lar. Esse número é pequeno porque nem sempre os juízes das Varas da Infância e Adolescência dão baixa no cadastro, segundo os gestores do sistema. A nova Lei Nacional de Adoção, aprovada pelo Senado Federal em julho de 2009 prevê o pagamento de multas de até R$ 3.000 para os tribunais que não garantirem a operacionalização e atualização do Cadastro Nacional de Adoção.

Nenhum comentário: