terça-feira, 2 de setembro de 2008

Com a garganta seca, mas mais uma vez com a boca no mundo!!!


Ontem assistia uma matéria do C.Q.C muito interessante, na verdade um novo quadro do programa, “Em Foco”, onde o apresentador faz o marketing de imagem dos políticos do congresso nacional através de suas entrevistas, mas no fundo a intenção é evidenciar a verdadeira face da política brasileira filmando os seus bastidores, só que o que realmente acabou me chamando mais atenção foi uma das falas do deputado federal José Genoino, onde o próprio dizia com veemência que a juventude de hoje tem mais informação e menos conhecimento. Confesso concordar de fato com o deputado, mas tenho algumas objeções a respeito, pois se a nossa juventude hoje morre em termo de conhecimento, podemos também dividir esta culpa com as políticas públicas adotadas para o desmoronamento do nosso conhecimento, e agora vos pergunto, o que alguns dos intelectuais da resistência de outrora fizeram para evitar isto? Lembro-me que vi há pouco tempo uma entrevista do ex-presidente da república FHC no Jornal Metrópole falando sobre vários assuntos, onde citou num trecho da reportagem o seu envolvimento com a militância no período da ditadura e o que ficou bem evidente diante dos seus relatos é que ele sempre viveu em cima do muro desde aquela época sem saber se era esquerda ou direita... Fica aí o exemplo de alguns que derrubaram ou ajudaram a derrubar os muros do conhecimento, principalmente este que exerceu o mais alto cargo do Planalto Central; claro que hoje todos se consideram opositores, esta é a desculpa mais banal e escabrosa que todos utilizam para encobrir e justificar os seus erros, pois assim como a nossa juventude hiper-individualista do hiper-modernismo de hoje entoa o seguinte cântico, “Só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder...” eles embalavam outrora o seguinte coro “Tudo o que quero é uma acorde perfeito maior... com todo mundo podendo brilhar num cântico... canto somente o que não pode mais se calar, noutras palavras sou muito romântico...”. Acredito que hoje eles esqueceram a letra, o compositor e a melodia da música pra andar desafinando tanto com as suas palavras e falta de atitude.

Pra frente Brasil!!!

Um comentário:

Unknown disse...

Cara, parabéns pela diversidade de assuntos recheadas de análises e críticas bem construídas... as suas ironias feitas com humor sarcásticos são emblemáticas, trás boas lembranças El Marighella, continue assim falando de tudo um pouco com destreza e personalidade!