quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Com a boca no mundo novamente... "Denúncia"



Quero realizar aqui uma reclamação em relação a um cadastro que fiz no órgão da prefeitura municipal do Salvador responsável pela intermediação de mão-de-obra, denominado de SIMM, pois estive no início da semana passada tentando efetuar a exclusão do meu cadastro no banco de dados do sistema da instituição e a própria relutou em me dar uma justificativa plausível e depois de várias indagações recebi como explicação para tal fato que me causou constrangimento foi a informação de que o sistema deles são interligados ao MTE e por isto não seria possível a exclusão do meu cadastro pelo motivo de já ter sido encaminhado para vagas, observo que não existe uma lógica para esta explicação justamente pelo fato do qual o SINE é o principal órgão da nossa cidade que representa o MTE e provavelmente poderia se justificar por tal argumento. A causa pela qual solicito a exclusão do meu cadastro no banco de dados do SIMM é por já ter realizado várias críticas aos critérios de pesquisa e seleção, e nunca ter recebido uma contra-partida favorável, por isto analisei através de algumas conversas com representantes do órgão e pesquisa no site, que não existe um real interesse em implementações de mudanças, pois o que fica caracterizado é uma disputa política entre a prefeitura da Cidade de Salvador e o governo do Estado da Bahia, onde eles demonstram pouca importância com a recolocação no mercado de trabalho da população soteropolitana, sendo que a nossa cidade lidera o ranking da capital do desemprego. Verifiquei após algumas conversas e análises que o sistema me exclui de diversas oportunidades assim como as demais pessoas que se encontram em situação parecida com a minha, justamente pelo fato da imposição das empresas em relação ao grau de escolaridade do candidato a uma vaga de emprego; acredito que deva existir uma escolaridade mínima para a contratação de um candidato para uma determinada função, mas as empresas exigirem uma escolaridade máxima, isto é algo inusitado pra não dizer que é realmente trágico, pois o que acaba acontecendo comigo e as demais pessoas que possuem um título superior completo é justamente a punição por ter dedicado parte da sua vida aos estudos e especializações, algo que o tempo todo vemos nas principais mídias os empresários exigindo do mercado, só que aqui em Salvador a situação se inverte, pois quanto maior o grau de escolaridade, menores são as oportunidades, ou seja, o conhecimento é punido de forma crucial e um órgão que se intitula de um agente transformador com uma função social dentro da nossa cidade ceder as exigências inefáveis de tais empresas é algo lastimável, eles ainda distribuem miseras 50 fichas nos dias de quinta e sexta-feira para os profissionais de título superior com a finalidade de “tapar o sal com a peneira”, na época dos meus pais quanto maior o grau de escolaridade, maiores eram as chances e os salários, hoje nem uma coisa e nem outra pelo ao menos aqui em nossa cidade; então sinceramente não vejo motivos para engrossar as estatísticas do SIMM fazendo parte da fachada social e política que a prefeitura promove e antes de tomar tal decisão obtive o conhecimento de que as minhas informações tanto pessoais como profissionais são de qualidade privada sendo que posso solicitar a exclusão delas a qualquer momento desde que não queira mais fazer parte de uma cadastro do qual por iniciativa própria por mim foi efetuada.

Fica aqui a minha insatisfação, protesto, reclamação e indignação, pois quando indaguei tudo isto junto a instituição, fui tratado com deboche, desdém e ironia pelos representantes do SIMM. Se já não bastasse a situação de viver sem perspectiva de emprego, dignidade e cidadania, as instituições ainda por cima nos tiram o nosso respeito e oportunidades; e fazem pouco caso de nós, por isto a violência tende a aumentar cada vez mais em nossa cidade, pois o que sobra para a maior parte da população soteropolitana são os sub-empregos temporários ou aquelas funções que nem os animais irracionais são submetidos.


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